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O diretor artístico do pronto-a-vestir da Dior, Kim Jones, escolheu apresentar a sua mais recente coleção no bairro mais em voga de Miami.
“Ao chegar aqui, não tivemos escolha senão nos inspirar no glamour dos anos 60, quando o jet set viajava com elegância, passando por uma loja Dior antes de voar para Miami, para ver as estrelas de cinema”, explicou Kim Jones em comunicado.
Está é a terceira temporada que Kim Jones faz colaborações com artistas contemporâneos. Desta vez, a parceria foi com o designer Stawn Stussy, fundador da marca Stüssy. Semi-aposentado – desistiu da sua marca há duas décadas – Stawn ofereceu a Jones uma série de seis obras de arte gráfica em preto e branco, que serviram de espinha dorsal para o desfile da Dior.
O desfile começou com soberbas cardigãs em caxemira, salpicadas com padrões psicadélicos, camisas descontraídas em seda estampadas com desenhos Art Déco, coletes de couro e casacos e calças em python. A qualidade das peças evocava muitas vezes técnicas da alta costura, como no caso das camisas com pérolas que passaram 260 horas no atelier da Dior. E até a famosa Saddle bag, best-seller masculino da Dior, e uma série de boinas de marinheiro projetadas pelo chapeleiro Stephen Jones, foram bordadas com pérolas.
Kim Jones também aproveitou a oportunidade para lançar a sua última colaboração: grande parte dos modelos subiu à passarela calçados com o Air Jordan, combinando o estampado oblíquo Dior, o logótipo da Nike e a pomba cinzenta assinatura da maison parisiense.
A coleção veio toda centrada na alfaiataria: casacos e ternos em caxemira creme, cortados com precisão, fechados por botões cobertos, como os que Monsieur Dior utilizava no casaco Bar.
O desfile da Dior também serviu como inauguração do novíssimo Rubell Museum. Cerca de 700 convidados se reuniram num espaço personalizado, no exterior do prédio. Após o desfile, ainda tiveram direito a uma visita privada pelo museu, um dos mais importante espaço de exposições a abrir portas nos Estados Unidos nos últimos anos.