Cultura 9 dezembro, 2022

A Vida de Fernando Pessoa – uma visita a locais marcantes na história e obra do poeta

Neste artigo vamos visitar três lugares especiais em Lisboa, que fazem parte da história e da obra do grande escritor e poeta Fernando Pessoa!

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Chapéu, óculos redondos e bigode – são os traços inconfundíveis deste excêntrico e até controverso poeta.
Fernando Pessoa é hoje, um dos nomes mais reconhecidos da literatura portuguesa e mundial.

Nosso passeio iniciará na Casa Fernando Pessoa, que foi o local onde o poeta viveu seus últimos anos, e que em 1993, foi transformada em um museu.

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Da Casa de Pessoa, seguiremos para a Bertrand do Chiado! A livraria mais antiga de Lisboa, que também era refúgio dos vultos da literatura portuguesa!


E para finalizar o nosso delicioso passeio, conheceremos juntos o Café A Brasileira, um dos locais favoritos do poeta!

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Eu e você faremos uma verdadeira imersão no universo de Fernando Pessoa!
Uma viagem do seu modo de vida – ao legado com que nos presenteou para a eternidade!

Casa Fernando Pessoa

A nossa viagem pelo universo do poeta começa aqui, na Casa Fernando Pessoa!

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Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de Junho de 1888, no Largo de São Carlos, em Lisboa.

Começou a escrever quando criança e o fez sobretudo em português.  Mas existem também vários registros em inglês e francês. 

Dos 47 anos vividos, passou grande parte deste tempo escrevendo. Para ele, ser poeta e escritor não constituía uma profissão, mas sim vocação.

Em 1920, Fernando Pessoa mudou-se com a família para esta casa, em Campo de Ourique, onde viveu os seus últimos 15 anos de vida.

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O fato de ter sido a sua última morada faz deste edifício um lugar privilegiado para exibir o espólio do escritor, classificado como Tesouro Nacional!

Inaugurada em 1993, a Casa Fernando Pessoa tem como missão compartilhar o conhecimento sobre a vida e obra do poeta, e promover uma reflexão sobre o poder da literatura e os efeitos transformadores da leitura! 

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Exposição – Terceiro piso Heterônimos

A Casa Fernando Pessoa abriga uma exposição que se inicia no último piso, dedicado aos heterônimos do escritor.

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Uma das suas máquinas de escrever abre a exposição como “O” objeto que deu voz aos muitos “eus” que o poeta assumiu desde cedo em sua vida.

Ao longo desse núcleo, é possível acompanhar a evolução e o desmembramento do poeta nos seus vários “eus”.

Aqui, está exposto o livro de aniversários com as primeiras palavras escritas por Pessoa! 

Um livro de aniversários é um objeto que permite registar nomes em datas, como uma agenda perpétua.

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Com cerca de seis anos, Fernando Pessoa escreveu no livro de aniversários de sua mãe o nome Chevalier de Pas, em duas das datas. Esta foi a primeira figura literária criada pelo poeta. 

Das mais de 100 figuras literárias criadas, incluindo mulheres, apenas 3 foram consideradas heterônimos, por terem uma vida e obra associada ao seu nome. 

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Nos painéis expostos, encontramos detalhes sobre eles: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis; Sobre o semi-heterônimo Bernardo Soares, assim denominado por possuir uma personalidade parecida com a do escritor; e sobre o próprio Fernando Pessoa.

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Estes painéis apresentam variadas informações, como a data de nascimento e o mapa astral de seus heterônimos!

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Podemos ainda observar as anotações feitas em vários livros de sua biblioteca pessoal e ouvir poemas e textos, lidos por diferentes atores portugueses, que dão voz às obras do escritor Fernando Pessoa.

Em destaque, está uma das peças mais conhecidas da casa: a obra “Fernando Pessoa lendo Orpheu”.

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O retrato foi pintado pelo modernista português Almada Negreiros em 1954, em tributo ao seu amigo, para decorar o restaurante Irmãos Unidos, onde o grupo se reunia e fundou a revista Orpheu.  

Aqui encontramos também esboços de desenhos que Júlio Pomar dedicou ao escritor.

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Estes esboços serviram de base para os azulejos que se encontram na estação de metro do Alto dos Moinhos.

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Encerrando o tema dos heterônimos nos deparamos com uma sala de espelhos, que nos convida a entrar em um universo imersivo.

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Neste espaço, somos confrontados com a ideia de nossa própria identidade multiplicada.

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Segundo Piso – Biblioteca Particular

No segundo piso, encontramos a seção mais valiosa da Casa: a Biblioteca Particular de Fernando Pessoa. 

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Aqui, encontramos uma seleção de livros pessoais e a estante original do escritor, localizada ao fundo da sala.

São livros de autores e temas variados, desde literatura à ciência, passando por outras áreas, como a matemática e engenharia, até às ciências ocultas, alguns exemplos de seus múltiplos interesses. 

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Muitos exemplares são em língua inglesa e outros tantos possuem dedicatórias de escritores amigos.

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Em muitos destes livros, Fernando Pessoa deixou anotações, sublinhados e notas à margem. 

Marcas de leitura designadas por marginália, que fazem com que este conjunto seja classificado como Tesouro Nacional.

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Primeiro piso – Apartamento

No primeiro andar, entramos em um espaço especial – O Apartamento – o local onde Fernando Pessoa viveu.

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Desenhadas no chão, estão as divisões originais da casa, até onde foi possível reconstituí-las: o quarto de Pessoa, a sala, a cozinha, e o escritório.

O mobiliário, as fotografias e os seus objetos pessoais ou os que pertenceram a seus pais contam as histórias de sua vida. 

Um dos destaques é a réplica da arca onde o escritor guardou inúmeros manuscritos.

Dentro da arca, após a sua morte, foram encontrados cerca de 30 mil papéis, entre poemas, cartas e livros não publicados.

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Seguimos então para uma das mais exuberantes instalações da exposição: a representação do “dia triunfal” – 8 de março de 1914. 

Segundo a descrição do próprio poeta, nesse dia, teria escrito “trinta e tantos poemas a fio,  numa espécie de êxtase”. 

Aqui podemos ver a cômoda alta, sobre a qual o poeta diz ter escrito tudo, sem sequer se sentar.

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A sala é rodeada por uma construção de folhas soltas, que representam a sua intempestividade criativa.

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Páginas suas e dos seus outros que por fim caem sobre uma única folha de papel, no topo da qual o poeta escreveu à lápis, em inglês, na véspera da sua morte: “Não sei o que o amanhã trará”.

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A Casa Fernando Pessoa preserva o legado de um dos maiores poetas portugueses da história! Um local que nos permite conhecer e participar de seu fantástico universo!

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Livraria Bertrand

Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, embora tenha publicado apenas 4 livros em vida, e um único deles em língua portuguesa, intitulado “Mensagem”.  

Um intelectual excêntrico, que costumava frequentar o bairro do Chiado para se encontrar com amigos ou participar de acesas tertúlias.

Vamos então conhecer agora, um local que faz parte do itinerário cultural de Lisboa e da história de Fernando Pessoa, e onde podemos encontrar diversos títulos de sua obra: a Livraria Bertrand do Chiado!

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Inaugurada em 1732, a Livraria Bertrand do Chiado nunca deixou de funcionar, sendo reconhecida pelo Guinness Book como a livraria mais antiga do mundo, ainda em funcionamento!

É importante frisar que esta unidade foi a precursora da maior rede de livrarias de Portugal!

A Livraria Bertrand Chiado do fazia parte do itinerário cultural da cidade, acompanhando diversos pontos marcantes da história.

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O espaço era privilegiado por ser o refúgio dos vultos da literatura portuguesa, como Fernando Pessoa, que frequentava o circuito dos intelectuais no início do século XX.

Salas

Entrar na Livraria Bertrand do Chiado e percorrer as suas sete salas, nos leva a explorar uma parte da História e da literatura portuguesa.

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As salas são apadrinhadas por alguns dos autores que fazem parte da história da livraria. Nelas, encontramos os livros desses autores em destaque e a sua biografia, contando um pouco sobre a história de cada um deles.

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A entrada principal da Bertrand do Chiado localiza-se na Rua Garrett, e a primeira sala que nos acolhe é a de Aquilino Ribeiro. 

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As salas seguintes prestam homenagem a escritores como José Saramago, Eça de Queiroz, e ainda Almada Negreiros e Alexandre Herculano, que costumavam frequentar a livraria para participar de tertúlias.

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Já a sexta sala, é o espaço dedicado à literatura infantil, e tem como figura homenageada a escritora Sophia de Mello Breyner Andresen. 

Os corredores que fazem a ligação entre as várias salas são como um livro aberto da história da livraria, decorado com quadros que contam episódios da trajetória da Bertrand.

Café Bertrand – Sala Fernando Pessoa

Na lateral da livraria, localizada na Rua Anchieta, foi inaugurado em 2017 o Café Bertrand.

O espaço nos convida a “provar os livros”, associando a leitura ao sabor!

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Neste local nos deparamos com um grande mural em homenagem ao poeta Fernando Pessoa, autor que dá nome a esta que é considerada a sétima e última sala da livraria.

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O segredo da riqueza histórica desta livraria está na capacidade de permanência ao longo tempo.

A Livraria Bertrand do Chiado nunca se limitou à venda de livros! 

Acolheu figuras ilustres da história, do pensamento e da literatura portuguesas, como o próprio Fernando Pessoa que viu aqui um espaço de encontro e liberdade criativa.

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Assim é a Bertrand do Chiado, uma livraria que há quase três séculos enriquece a cultura e a história da cidade de Lisboa!

Café A Brasileira

Na mesma rua da Livraria, encontramos outro local frequentado por Fernando Pessoa e pelos intelectuais de sua época: o Café A Brasileira!

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Tradicionalmente conhecido como “A Brasileira do Chiado”, o café foi inaugurado em 1905 por Adriano Telles, um ex-emigrante português que viveu no Brasil.

Adriano Telles casou-se com a filha de um dos maiores produtores de café da região de Minas Gerais, e ao regressar a Portugal, iniciou a venda de café, uma bebida até então pouco apreciada por seu característico sabor amargo. 

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Origem do Termo Bica

Uma curiosidade interessante é que A Brasileira do Chiado está tradicionalmente ligada à origem do termo “ bica”, amplamente utilizado em diversas regiões de Portugal!

Conta-se que  o termo seria a abreviatura de “beba isto com açúcar”, um incentivo para tornar o café mais agradável para o paladar dos clientes, enquanto criava um hábito e marcava um ritual.

Ainda que não exista um consenso sobre a origem da palavra “bica”, o termo é adotado, até os dias de hoje, como sinônimo de um café!

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Fachada e interior

Uma das características mais marcantes da Brasileira é a sua fachada de estilo parisiense, da autoria de Manuel Norte Júnior.

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O deslumbrante salão, em estilo Art Déco, é trabalhado em madeira e mármore, com paredes espelhadas. No teto, o destaque é a decoração com gravuras e os exuberantes candelabros.

Ao redor do salão estão expostas obras de pintores de renome que frequentaram o café, como Marcelino Vespeira e João Vieira. 

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A localização privilegiada e a luxuosa decoração, fez da Brasileira do Chiado um espaço onde se reuniam os ilustres da época: advogados, médicos, professores, escritores e artistas. 

Cenário de inúmeras tertúlias intelectuais, artísticas e literárias, a casa tinha como um de seus clientes mais assíduos o poeta Fernando Pessoa.

Um desencontro na Brasileira do Chiado

O local teve grande importância na vida do poeta e foi cenário de encontros e desencontros em sua vida.

Um deles foi em 1934, quando em uma viagem a Portugal, a poetisa brasileira Cecília Meireles entrou em contato com Fernando Pessoa, com quem combinou um encontro na Brasileira do Chiado. 

Depois de horas esperando, e sem que o poeta aparecesse, ela regressou ao hotel, onde encontrou um bilhete assinado por Fernando Pessoa, no qual justificava sua ausência por ter sido desaconselhado em seu horóscopo matinal e deixando, como pedido de desculpas, um exemplar autografado do livro “ Mensagem”, a sua única obra em português publicada em vida.

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Por sua grande importância na história, a Brasileira lançou, em 2021, a sua própria edição especial do livro “Mensagem”. 

Edições bilíngues em português e inglês, francês, espanhol ou mandarim, levando desta forma o auge da poesia portuguesa aos quatro cantos do mundo!

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Uma outra curiosidade interessante é que a Brasileira e o próprio Fernando Pessoa se encontram no passaporte português. 

Óculos de Fernando Pessoa

Em reconhecimento ao vínculo do poeta Fernando Pessoa com a Brasileira do Chiado, a casa mantém um de seus pares de óculos em exposição permanente.

Por ocasião do aniversário de 132 anos do poeta, podemos aqui ter um contato mais próximo com o mestre da literatura, através de um objeto pessoal tão marcante em sua imagem.

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Estátua de Fernando Pessoa

Mas é no exterior que se encontra a maior homenagem a Fernando Pessoa! Uma estátua do poeta na esplanada do café A Brasileira. 

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A estátua do poeta, da autoria de Lagoa Henriques, feita em bronze, foi inaugurada em 13 de Junho de 1988, pelo então Presidente da República Mário Soares, em comemoração ao centenário do nascimento de Pessoa.

Outro fato curioso é que a estátua havia sido projetada com o braço esquerdo levantado. 

Entretanto, ao abrir o livro “ Obras de Fernando Pessoa”, Lagoa Henriques deparou-se com o poema cujo primeiro verso era: “A mão posta sobre a mesa”. Nesse momento, o mestre considerou que acabara de receber uma mensagem de Pessoa e decidiu alterar a posição do braço, colocando-o sobre a mesa. 

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A estátua é um dos pontos mais fotografados da capital! São milhares os turistas interessados em tirar uma foto com o ilustre poeta português! 

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O Café A Brasileira é um tesouro literário, arquitetônico e artístico que faz parte da história de Lisboa e de seu mais ilustre poeta – Fernando Pessoa!

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Obrigada por sua companhia! E espero por você em nosso próximo encontro!

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Clique no botão abaixo para conferir o vídeo do episódio completo de BeSisluxe Em Portugal – A Vida de Fernando Pessoa!

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