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Construído sobre as rochas da Serra de Sintra, o Castelo dos Mouros estende-se sobre o cume de um dos seus montes.
O Castelo dos Mouros é uma fortificação construída no século X, após a conquista muçulmana da Península Ibérica.
Duas muralhas contornam a serra de forma irregular, por entre penedos, florestas e sobre íngremes penhascos, tornando-se uma atração turística popular da região.
Ao longo dos chamados “caminhos de ronda” das muralhas, que incluem centenas de degraus devido aos desníveis acentuados entre as torres, é possível admirar uma paisagem única sobre a Vila de Sintra, o Palácio da Pena, e toda a sua envolvência rural que se estende até ao Oceano Atlântico. A vista é espetacular!
Construído como uma fortaleza, o castelo não possui áreas internas, somente as muralhas e algumas torres que se esparramam pelas colinas de Sintra.
O local mantém o charme de uma ruína medieval, com uma floresta densa em torno das muralhas, oferecendo um agradável passeio.
Confira os detalhes de suas estruturas históricas:
- Segunda cintura de muralhas
O Castelo dos Mouros possui uma segunda cintura de muralhas utilizada para proteger os bairros e a população que se instalou na vertente do castelo. Os castelos transmitiam segurança à população e esta tendia a fixar-se nos arredores da fortificação. Para proteger a população, os animais e as colheitas, foi construída esta segunda linha de muralha, evidenciando a existência de um povoado.
- Silos
Os silos são estruturas escavadas na rocha para armazenar cereais e leguminosas. Esta técnica de conservação dos alimentos, documentada desde a pré-história, foi introduzida nesta região pelos povos muçulmanos.
- Casas Islâmicas – Área arqueológica
Além dos alicerces de moradias e da existência de silos, foram encontrados objetos típicos da cultura islâmica dos séculos X a XII. Dentre eles, havia artefatos confeccionados com ossos e marfim e também vestígios de animais de caça (veado e javali) e de criação (ovelha e cabra), além de sementes de favinha, pêssego, abrunho e azeitonas, permitindo aos estudiosos analisar os costumes e a forma de organização do povoado no período da ocupação moura na Península Ibérica.
- Túmulo
Durante as obras de revitalização do Castelo dos Mouros, promovidas por D. Fernando II, foram provocados danos à necrópole cristã existente junto à Igreja de São Pedro de Canaferrim. Por isso, foi levantado um pequeno túmulo para sepultar as ossadas encontradas e gravado, em pedra, o símbolo de um crescente e uma cruz, com os seguintes dizeres: “O que o homem juntou, só Deus poderá separar“, por não ser possível identificar se eram restos humanos cristãos ou muçulmanos.
- Igreja de São Pedro de Canaferrim – Centro de Interpretação do Castelo
No século XII foi erguida uma igreja dedicada a São Pedro de Canaferrim, constituindo a primeira igreja paroquial de Sintra. A partir de 1840, foi transformada por D. Fernando II em uma ruína romântica.
Atualmente, o local abriga o Centro de Interpretação do Castelo, com uma exposição permanente dos objetos recolhidos nas escavações arqueológicas e da história do Castelo.
- Antigas cavalariças – Área arqueológica – Centro de Apoio ao Visitante
Nesta área encontramos diversas estruturas antigas que ajudavam no funcionamento do Castelo em variados séculos, como as antigas cavalariças, que foram usadas para criação e abrigo de animais.
As instalações receberam adaptações para sediar o Centro de Apoio ao Visitante nos dias de hoje.
- Cisterna
A Cisterna possui cobertura em abóbada, remanescente do período islâmico, e tem capacidade de armazenamento de cerca de 600 metros cúbicos de água. Os blocos de granito utilizados na construção apresentam sinais de reaproveitamento de outra estrutura pré-existente.
No seu interior, brota a nascente que abastecia o Palácio Nacional de Sintra e que, como nunca secou, sustenta a lenda de que um rei mouro teria sido sepultado sob o curso d’água. O poeta Gil Vicente menciona essa lenda no poema “Triunfo de Inverno” do século XVI.
- Praça de Armas
A praça das armas é a área mais ampla do Castelo, utilizada no passado para exercícios militares. As reformas realizadas por D. Fernando II, no século XIX, transformaram este espaço em um local bucólico e de descanso, ideal para contemplar os traços mouriscos, como os da falsa porta de arco em ferradura.
- Porta da Traição
Uma característica comum às fortalezas é a existência de uma porta secreta em uma parte mais acidentada e pouco frequentada, para ser usada para saídas discretas ou como rota de fuga. Por se tratar de uma abertura no espaço muralhado, também permitia o acesso do inimigo ao interior, recebendo por isso o nome de “porta da traição”.
- Alcáçova
A alcáçova foi construída sobre as antigas fundações muçulmanas. Este espaço está ligado à Torre de Menagem e ali residiam as autoridades civis ou eclesiásticas. Erguida num dos pontos mais elevados, é o centro estratégico da fortificação, sendo o último reduto de resistência do castelo, em caso de ataque inimigo. De lá podemos desfrutar de um belíssimo cenário no horizonte, enquanto buscamos identificar as construções avistadas em meio à paisagem.
Caminhar pelo adarve (o caminho estreito sobre os muros das fortalezas), por onde soldados faziam a ronda ou se postavam para enfrentar os inimigos, nos transporta para séculos passados.
É muito interessante observar como a construção acompanha o traçado do terreno irregular, sendo completada por rampas e escadarias de interligação em meio à maravilhosa paisagem!
Vale a pena visitar o Castelo dos Mouros e conhecer este monumento nacional incrível na Serra de Sintra!
Confira em nosso vídeo as descobertas históricas e desfrute da vista incrível proporcionada por esse grande monumento de Portugal!