Cultura 19 janeiro, 2023

Conheça dois locais que unem o mar, a história e a realeza em Lisboa

Portugal é um país de tradição marítima e sua história está intimamente ligada aos mares e oceanos.

Neste artigo, visitaremos o Museu da Marinha e o Aquário Vasco da Gama, em um passeio desde as descobertas da vida aquática até o período áureo das navegações!

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O Museu de Marinha conta a história dos Descobrimentos Portugueses e a relação dos Portugueses com o Mar.

Já o Aquário Vasco da Gama, é considerado o mais antigo da Europa, e divulga a vida aquática portuguesa e a coleção de seres marinhos recolhidos pelo Rei D. Carlos I, considerado o pai da oceanografia em Portugal e fundador do Aquário.

MUSEU DE MARINHA 

O Mosteiro dos Jerônimos guarda diversas relíquias, e uma delas é o Museu de Marinha, que conheceremos agora!

O Museu de Marinha está situado na freguesia de Santa Maria de Belém, em Lisboa, mais precisamente, na ala oeste do Mosteiro dos Jerónimos. 

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Este é um dos museus mais visitados e considerado um dos mais importantes de Portugal!

O Museu foi criado por meio de um decreto de 1863, por iniciativa de D. Luís I. 

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Seu pai, o rei-consorte D. Fernando II, era bastante interessado por questões culturais, tendo certamente transmitido esse legado aos seus filhos. 

O primogênito, D. Pedro V, demonstrou, no seu curto reinado, um elevado interesse pelas questões culturais e artísticas. 

D. Luís I, como segundo filho, seguiu a carreira das armas, como oficial de Marinha. Porém, a morte prematura do irmão levou D. Luís a abandonar essa carreira, tornando-se rei. 

O seu profundo conhecimento da realidade naval, aliada à elevada cultura que possuía, permitiram a criação do Museu de Marinha durante o seu reinado.

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O Museu foi instalado junto da Escola Naval com função essencialmente didática. As primeiras peças recolhidas para o acervo inicial do Museu de Marinha foram os modelos de navios do Palácio da Ajuda, que D. Maria II havia doado à Academia Real de Guardas-Marinhas. A Coleção foi enriquecida também com peças da própria Escola Naval que já não eram usadas.

Outra grande contribuição para o acervo foi a doação do colecionador Henrique Maufroy de Seixas, um homem abastado que dedicou a sua vida ao estudo de temas relacionados com o mar. Seu extraordinário acervo pessoal, construído ao longo de mais de trinta anos, era composto por diversos modelos e mais de 20.000 fotos. 

Esta doação teve consequências na localização do Museu, não apenas pelo aumento do acervo, mas também pela condição imposta pelo doador, de que as peças deveriam ser exibidas em um local com dimensão e dignidade condizentes. 

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Ao longo de sua história, o museu recebeu diversas designações e passou por diferentes sedes, até que no ano de 1962, quase 100 anos após a sua inauguração, passou a ocupar as instalações do Mosteiro dos Jerónimos. 

O Museu de Marinha ficou então, de forma física e simbólica, associado ao local que viu partir as armadas portuguesas para a descoberta dos caminhos dos grandes Oceanos.

Sendo um Museu “de” Marinha e não apenas “da” Marinha, nele se procura mostrar a Marinha no seu sentido amplo, em suas várias vertentes como a militar, do comércio, da pesca e do lazer. 

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Considerado Organismo Cultural da Marinha de Guerra Portuguesa, a sua missão transcende os assuntos militares navais, buscando salvaguardar e divulgar o passado marítimo português e tudo o que se relaciona com os mais diversos aspectos e atividades humanas no mar.

O Museu de Marinha reúne mais de 18.000 peças, das quais cerca de 2.500 foram selecionadas para compor a sua exposição permanente, incluindo modelos, mapas e esculturas que nos introduzem à arte e à ciência da navegação.

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Sala de Entrada

Ao entrarmos no Museu de Marinha, somos recebidos pela imponente estátua do Infante Dom Henrique – O Navegador.

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O Infante Dom Henrique foi o promotor das primeiras viagens de descobrimento, e está rodeado pelas estátuas dos navegadores que, sob a sua direção, realizaram as primeiras explorações do Oceano Atlântico no início do século XV.

Ao fundo da Sala encontramos um grande mapa que mostra as viagens mais importantes dos navegadores.

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Produzido pelas oficinas do Museu de Marinha, à semelhança das antigas cartas e mapas dos séculos XV e XVI, o planisfério é ricamente ilustrado com as novas terras, animais, plantas e populações contatadas pelos navegadores portugueses, e que serve de ponto de partida para a nossa viagem ao passado marítimo português.

A recepção na sala de entrada nos mostra que “A grande aventura dos Descobrimentos”, é um dos principais temas da exposição permanente do museu.

Apesar de possuir peças mais antigas, por exemplo do Período Romano, o discurso museológico começa no período áureo dos Descobrimentos Portugueses. 

Entramos agora na Sala dos Descobrimentos, o coração do Museu de Marinha!

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Escultura do Arcanjo São Rafael

O acervo do Museu de Marinha conta com peças raras de valor incalculável, como esta escultura do arcanjo São Rafael.

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Apesar da aparência modesta, esta escultura em madeira carrega um imenso significado histórico. Esta teria sido uma das únicas peças remanescentes da viagem em que Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.

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Altar Portátil

Outra peça que teria acompanhado Vasco da Gama em sua expedição é este altar portátil.

De acordo com a tradição, este altar teria acompanhado Vasco da Gama em sua primeira viagem à Índia, a bordo da nau São Gabriel.

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Modelos de embarcações

Aqui, encontramos também diversos modelos de embarcações utilizadas nos Descobrimentos.

Caminhando pela sala podemos observar a evolução da construção naval portuguesa ao longo dos séculos XV e XVI, com a produção de novos e maiores navios que permitiram a realização de viagens cada vez mais longas para destinos cada vez mais distantes. 

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Um fato interessante é que alguns destes modelos foram construídos a partir de testemunhos escritos em livros de construção naval.

Os modelos representam o que foi possível reproduzir a partir destes registros, já que não se conhecem desenhos ou pinturas destas embarcações da época. 

Algumas embarcações representam os feitos dos marinheiros portugueses, que foram decisivos não apenas para a abertura das rotas e o contato entre os povos, como também para a nova cultura do Renascimento.

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Das barcas medievais utilizadas nas primeiras viagens, passando pela caravela latina portuguesa, o grande ícone dos Descobrimentos Portugueses que possibilitou a abertura do Atlântico à navegação, até às grandes naus de viagem que permitiram a ligação ao Brasil e ao Oriente, a construção naval portuguesa foi capaz de inovar e produzir os navios necessários para a realização das viagens marítimas que mudaram o mundo e superaram diversos mitos e lendas.

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Astrolábio Náutico

Um dos destaques da exposição é também a coleção de astrolábios náuticos.

O desenvolvimento de instrumentos de navegação foi determinante para o sucesso das viagens, especialmente o astrolábio náutico português.

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Este instrumento permitia determinar a posição dos navios no mar, contribuindo para a segurança da navegação. 

Segundo alguns autores, o desenvolvimento do astrolábio náutico português foi tão importante para a navegação nos séculos XV e XVI como o é o GPS para os nossos dias.

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Cartografia

Já as peças cartográficas nos permitem compreender a verdadeira abrangência das navegações portuguesas.

A cartografia dos séculos XV e XVI contém a representação gráfica das novas terras contactadas, como um mundo verdadeiramente novo e em construção. 

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Graças à contribuição dos portugueses na navegação e conhecimento geográfico, a cartografia ganhou uma função utilitária e prática enquanto instrumento de navegação.

Rotas de Comércio – Carreira da Índia

Enquanto o século XV se caracterizou pela exploração marítima e das descobertas, no século XVI foram estabelecidas as rotas de comércio marítimo.

Entre estas, a Carreira da Índia é sem dúvida a mais impressionante!

Na história marítima mundial não é conhecida nenhuma rota semelhante, tanto pela distância percorrida, quanto por sua duração, mantendo-se praticamente inalterada ao longo de mais de três séculos.

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Artilharia e Pesca

O museu, no entanto, não aborda apenas a história da arte de velejar.

Na mesma sala principal encontramos também alguns canhões e outras peças de artilharia naval, além de um núcleo dedicado à Guerra do Ultramar.

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Em outra sala, podemos ver os elementos de pesca, com destaque para a pesca do bacalhau. 

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Camarotes do Iate Real “Amélia”

O Museu de Marinha guarda ainda peças surpreendentes, como os aposentos nobres do iate real “Amélia”.

Mobiliário, louças, cristais e faqueiros recriam o ambiente de intimidade da família real portuguesa. 

O iate real Amélia foi adquirido pelo Rei D. Carlos em 1901, para ser utilizado em seus trabalhos oceanográficos, que veremos mais adiante ainda neste episódio!

O iate teve participação em um episódio memorável da história portuguesa.

No dia da implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, transportou para Gibraltar o último rei de Portugal, D. Manuel II.

Pavilhão das Galeotas

O Museu de Marinha possui ainda um segundo edifício, onde está exposta uma coleção de embarcações reais. 

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O chamado Pavilhão das Galeotas foi construído no final dos anos 50, como o primeiro do país destinado a abrigar coleções museológicas, e pode ser acessado atravessando a área externa do Mosteiro dos Jerônimos.

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Aqui neste pavilhão encontramos preciosidades como o bergantim real, construído no século XVIII por ordem da Rainha D. Maria I.

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Esta embarcação foi utilizada pela última vez em 1957, para transportar a Rainha Isabel II da Inglaterra a Portugal em uma visita oficial.

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Hidroavião

O Pavilhão das Galeotas abriga também algumas aeronaves históricas, como o hidroavião Santa Cruz.

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Em 1922 este hidroavião concluiu a primeira travessia aérea sobre o Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Para realizar esta travessia, os oficiais da Marinha Sacadura Cabral e Gago Coutinho desenvolveram técnicas e instrumentos de navegação que os permitiram voar independentes de auxílio no solo.

Após esta viagem pelo universo da marinha portuguesa, vamos conhecer outro local dedicado aos mares e oceanos.

AQUÁRIO VASCO DA GAMA

Estamos agora no Aquário Vasco da Gama, um local que faz parte da memória de muitas gerações das famílias portuguesas!

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O Aquário Vasco da Gama é um aquário público, localizado em Oeiras, no distrito de Lisboa.

Foi um dos primeiros aquários-museu do mundo, e hoje é um dos poucos ainda em funcionamento. 

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O projeto do Aquário Vasco da Gama foi concebido no contexto das comemorações do “IV centenário da partida de Vasco da Gama, para a descoberta do Caminho Marítimo para a Índia”.

Sua inauguração ocorreu no ano de 1898, com a presença da Família Real, incluindo D. Carlos I de Portugal, pioneiro da Oceanografia no país e um dos maiores apoiadores do projeto.

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Com o término das comemorações, passou às mãos do Estado português, que no ano de 1901, o entregou ao Ministério da Marinha.

Um dos objetivos centrais do Aquário-Museu é mostrar a coleção oceanográfica de grande valor histórico reunida por D. Carlos I ao longo de 12 anos, durante as campanhas oceanográficas a bordo do iate real “D. Amélia”. 

No ano de 1917, foi construído um piso onde se situa o Salão Nobre, que é o espaço onde se guarda parte da coleção do rei até os dias atuais.

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​Após um conjunto de intervenções o Museu do Aquário Vasco da Gama reabriu ao público no dia 20 de maio de 1943 – data do 45º aniversário do Aquário Vasco da Gama – exibindo já a Coleção Oceanográfica do Rei Dom Carlos I.

Na visita a este incrível aquário-museu, podemos conhecer uma imensa variedade de animais e espécies vegetais provenientes de ecossistemas de água doce, salgada e salobra, originários de diversas partes do mundo, sempre com destaque para a fauna marinha portuguesa.

O Aquário Vasco da Gama é dividido em dois espaços, o museu e o aquário, que contam com 5 salas, cerca de 90 aquários e mais de 300 espécies marítimas vivas.

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A entrada do corredor, ladeada por dois aquários, nos convida a mergulhar em um mundo subaquático.

Galeria de invertebrados

O início do percurso é dedicado aos invertebrados marinhos da costa portuguesa.

Esta Galeria está dividida em 19 pequenos aquários, que evidenciam o percurso evolutivo desde os invertebrados mais primitivos passando pelos maiores grupos de invertebrados até os vertebrados.

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Nesta área, encontramos ainda um dos itens mais curiosos do Aquário: a lula gigante!

Com mais de 8 metros de comprimento, o animal pesa cerca de 200kg,

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Espécies de água doce

Na sequência, somos apresentados à fauna tropical de água doce.

Apesar de representarem uma porção minúscula do total de água disponível na Terra, os habitats de água doce abrigam uma percentagem substancial dos peixes existentes. 

E aqui no Aquário Vasco da Gama podemos conhecer várias destas espécies tropicais, divididas por zona geográfica de origem.

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Aqui, podemos ver ainda um grupo de aquaterrários de grandes dimensões. 

Os chamados aquaterrários constituem um exemplo da forma mais moderna de expor a fauna de água doce, pois representam a parte aquática do ecossistema integrada no ambiente terrestre ao seu redor, dando assim uma imagem bastante mais real do habitat da espécie.

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Esturjões da Sibéria

No tanque oval, estão alguns peixes primitivos, considerados como dinossauros vivos no mundo dos peixes.

Os esturjões da Sibéria que encontramos aqui são parentes próximos do esturjão-comum, que existia nos principais rios portugueses até sua extinção.

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Fauna marinha tropical

    Existe ainda um espaço dedicado aos peixes de água salgada, que chamam a atenção por suas formas e cores.

    Nas águas quentes e límpidas das regiões tropicais desenvolvem-se os recifes coralíferos, ecossistemas de uma imensa beleza, dada a variedade de cores e a riqueza biológica que ostentam. Os corais, pequenos animais primitivos que vivem em colônias, estão na origem destas verdadeiras obras arquitetônicas.

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    Fauna Marinha Portuguesa

    O Aquário Vasco da Gama conta com um núcleo especialmente dedicado à Fauna Marinha Portuguesa.

    Portugal Continental estende-se por mais de 800 km de costa marítima, banhada pelo Oceano Atlântico, que reúne espécies típicas da fauna atlântica e da fauna mediterrânica.

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    Por outro lado, os arquipélagos da Madeira e Açores, de características geográficas bem diferentes das do continente, oferecem uma nova perspectiva da fauna marinha atlântica, já de características subtropicais. 

    A fauna marinha portuguesa é, por isso, extremamente diversificada, constituindo uma das maiores riquezas do país.

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    A divulgação dos ecossistemas locais tem por objetivo a educação ambiental e o incentivo do estudo da biologia das espécies que deles fazem parte, e por isso estes aquários são os mais espetaculares, impressionantes e importantes no Aquário Vasco da Gama.

    Garoupa

    Neste aquário, nos deparamos com uma espécie familiar aos brasileiros.

    Entre os diversos peixes, encontramos a chamada garoupa-verdadeira ou garoupa-crioula, uma espécie ameaçada de extinção e que está representada no verso da cédula brasileira de 100 reais.

    Anfíbios

    O Aquário Vasco da Gama possui ainda uma sala destinada aos anfíbios. 

    Nesta sala climatizada, encontramos anfíbios como as rãs, sapos, tritões e salamandras que enriquecem a coleção de seres vivos exibida pelo Aquário.

    Museu

    A visita ao museu começa aqui mesmo, no átrio do Aquário Vasco da Gama, em uma área que revela a paixão que o rei português D. Carlos I tinha pela oceanografia.

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    Em 1898, na época da inauguração do Aquário Vasco da Gama, o Rei Dom Carlos I realizou em uma de suas salas uma exposição temporária com os espécimes zoológicos recolhidos por ele nas campanhas oceanográficas dos dois anos anteriores.

    Curiosamente esses mesmos espécimes seriam reunidos a diversos outros recolhidos nos anos seguintes e anos mais tarde regressariam ao mesmo local, integrando a Coleção Oceanográfica do Rei Dom Carlos I.

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    As peças fazem parte da Biblioteca e da Colecção do Museu Oceanográfico D. Carlos I, que foi confiada ao Aquário em 1935.

    Aqui, podemos observar, por exemplo, um peixe-farol capturado na costa da Nazaré por D. Carlos, em 1896, abaixo dos 1000 metros de profundidade. Esta foi uma grande novidade para uma época em que não se imaginava que havia vida nas profundezas remotas do oceano.

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    O acesso ao primeiro andar é feito através desta escada.

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    O percurso nos proporciona a experiência de subir desde as profundezas até à superfície, enquanto vemos alguns apontamentos escritos em português arcaico e ilustrações feitos pelo rei, representados na parede azul.

    Aqui no piso superior, chegamos ao salão nobre. O teto, pintado com motivos marinhos, é um espetáculo à parte!

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    As salas do piso superior acolhem diversas outras espécies presentes nos mares, desde tubarões, tartarugas, aves aquáticas e mamíferos marinhos.

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    É possível ainda ver espécies reproduzidas em fibra de vidro e resinas sintéticas.

    Algumas das grandes conquistas do Rei que fazem parte do acervo do museu são os tubarões.

    Estes tubarão carocho e tubarão-cobra aqui expostos, foram capturados há mais de 100 anos por D. Carlos. No mesmo quadro, estão os resultados dos estudos publicados por ele sobre os tubarões da fauna portuguesa em 1904.

    Além do fascínio pelo mar e pelos temas marinhos, o rei também nutria o gosto pela pintura.

    No museu há uma reprodução de uma das telas pintadas pelo Rei D. Carlos.

    A embarcação retratada é o iate Amélia I, o primeiro dos quatro iates que o rei batizou em honra da rainha, e que utilizou nas campanhas oceanográficas.

    Ao final de nossa visita, podemos ainda alimentar as carpas do tanque e desfrutar do jardim!

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    O Aquário Vasco da Gama é um local especial, um aquário-museu histórico, voltado ao Rio Tejo, numa zona próxima àquela de onde Vasco da Gama, o descobridor que lhe dá o nome, partiu em expedições por “mares nunca antes navegados”.

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    E neste local emblemático terminamos nosso passeio pelo universo dos oceanos de Portugal e do mundo! Obrigada por sua companhia! E espero por você em nosso próximo encontro!

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    Clique no botão abaixo para assistir ao episódio completo de BeSisluxe Em Portugal sobre o Museu de Marinha e o Aquário Vasco da Gama!

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