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O novo Editorial da BeSisluxe explora o tema “Sustentabilidade” no âmbito da moda e conta como as suas escolhas e o futuro do seu armário podem impactar nas questões sociais e climáticas do nosso planeta.
A indústria da moda no início do século 21 foi marcada pelo surgimento da “fast-fashion”. Graças à queda de custos de produção, a tecnologia simplificando cada vez mais os processos de trabalho e o aumento significativo dos gastos do consumidor, a produção de roupas dobrou entre 2000 a 2014. Além disso, o número de peças de vestuário compradas a cada ano pelo consumidor médio aumentou em 60%, como mostram os relatórios do Euromonitor International.
Se por um lado a ascensão do “fast-fashion” proporciona a venda de um produto “mais barato” e em grande escala, esse modo produção começou a gerar problemas sociais e ambientais.
Através da tecnologia, os ciclos de produção foram reduzidos e muitos trabalhadores foram substituídos por máquinas. Nenhuma novidade até aqui. Porém, a gravidade do problema ganhou mais atenção pela descoberta de casos sobre trabalhadores em fábricas de roupas sendo mal remunerados e expostos a condições completamente inseguras – quiçá mortais – de trabalho.
O “fast-shop” não contribui apenas para a precarização do trabalho. Causa também enormes efeitos ambientais: para fabricar roupas é necessária uma grande quantidade de água e utilização de produtos químicos.
Hoje, o papel do consumidor está mudando. Com o cenário pós-recessão global, houve uma mudança nos hábitos de consumo devido a fatores econômicos e consciência ecológica. A sensação acúmulo de novos – e desnecessários – produtos está fora de sintonia com o comportamento da nova sociedade.
Não podemos comprar o nosso caminho para a sustentabilidade, mas podemos pensar sobre como as nossas compras afetam o meio ambiente, o ciclo de vida das suas roupas e como investir em peças que duram mais tempo e, com isso, alinhar esses ideais a empresas e projetos que desejam seguir um futuro com maior clareza e responsabilidade sobre o seu impacto no mundo.
Vestindo a sustentabilidade
A moda sustentável não deixa de ser mais um produto vendido pelo mercado, mas é um novo produto que carrega uma roupagem mais consciente e comprometida com o planeta do que era antes.
Agora, empresas tentam reduzir seus custos sociais e ambientais, como a marca Levi’s®, que colocou metas para que suas fábricas utilizem energia 100% renovável até 2025 e aumentar a oferta de peças com materiais híbridos, combinando tecidos novos com materiais reciclados em seus produtos. Não podemos deixar de citar Stella McCartney, que talvez não tenha imaginado em 1997, que um de seus principais pilares — não usar nenhum material de origem animal e se importar com novas medidas eco friendly — viria ser a nova cartilha da indústria da moda.
Já que a moda é uma indústria voltada ao consumidor e, nesse viés, os consumidores tem poder real, por que não expressar nossas expectativas para o mercado? É aqui que reside o verdadeiro poder do comprador.
Sem melhorias na maneira como as roupas são feitas e todas as fases do seu processo, desde o surgimento da matéria-prima até o seu descarte no solo, os problemas continuarão aumentando proporcionalmente à medida que elas são produzidas.
Os atuais consumidores desejam saber sobre todas as questões do que lhes é oferecido: de onde vem, a sua produção e como essas empresas trabalham para um mundo melhor.
Tomar decisões inteligentes sobre as mudanças climáticas – e lembrar o poder que todos temos para falar e agir – nunca foi tão importante. Esse é o impacto que podemos realmente gerar sendo apenas uma pessoa.
Marcas:
@maritamoreno_pt
@saidoarmariobrecho
Ph @rubenbranches
Stylist e MUA @sarahmayra_
Vídeo @onicolascoelho
Modelo @laurarenz
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