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Lisboa é uma cidade com diversos espaços verdes e não faltam parques e jardins para passear e respirar o ar puro!
Neste artigo, apresentaremos o Jardim Botânico Tropical, um jardim centenário que manteve a sua beleza e importância ao longo da história de Portugal.
Confira também a nossa visita à Estufa Fria de Lisboa clicando aqui, outro belíssimo espaço verde da capital!
Breve histórico
Na zona Monumental de Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerónimos e ao Palácio Nacional de Belém, encontramos o Jardim Botânico Tropical.
Este espaço, criado em 1906 por decreto do rei D. Carlos I, é destinado ao estudo da flora das colônias portuguesas e por este motivo, recebeu, inicialmente, o nome de Jardim Colonial.
Inicialmente instalado nas Estufas do Conde de Farrobo, o Jardim foi transferido para este local em 1914 passando a se chamar Jardim Ultramar.
Em 1940 acolheu a Seção Colonial da “Exposição do Mundo Português”, que envolveu toda a zona de Belém.
Para o evento, o jardim sofreu diversas modificações, como a instalação de estátuas e a construção de pequenos pavilhões que representavam as colônias portuguesas.
Ao longo dos anos, o nome do jardim foi sendo alterado, assim como o organismo de tutela.
Em 2007, foi classificado como Monumento Nacional, o mesmo ano em que recebeu a atual denominação de Jardim Botânico Tropical.
Desde 2015, o espaço integra a Universidade de Lisboa, e passou a ser gerido em conjunto com o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa e o Jardim Botânico de Lisboa.
O Jardim Botânico Tropical esteve, durante algum tempo, encerrado para obras de reabilitação, mas reabriu ao público em Janeiro de 2020, como um espaço didático e de lazer.
Com cerca de sete hectares, o Jardim oferece percursos que passam por entre as mais de 600 espécies botânicas, incluindo raros exemplares exóticos. Ao longo do passeio, podemos conhecer também a rica história do local!
Além da vasta área verde, o jardim possui ainda um inestimável patrimônio artístico-cultural, que inclui as edificações e as esculturas de renomados artistas.
O Jardim
Ao entrarmos no jardim, é impossível não nos deslumbrarmos com a sua magnitude!
Logo na entrada, encontramos uma projeção cartográfica estampada no chão.
Entre os continentes, estão marcadas as linhas do equador e os trópicos de câncer e capricórnio, que dão a tônica ao jardim de plantas, em sua maioria, tropicais e subtropicais.
Lago principal e árvores frutíferas
Próximo daqui, encontramos o lago principal, envolvido por uma vegetação luxuriante. que constitui um atrativo para as aves residentes e migratórias.
A população de aves que podemos encontrar inclui patos, gansos, pavões e garças.
Ao centro do lago está a chamada “Ilha das Fruteiras”, onde há uma coleção de árvores frutíferas tropicais, como bananeiras e goiabeiras.
Dragoeiro
Este espaço não é apenas de ciência, mas também de história! Por aqui, passaram séculos de vida da cidade e até mesmo do país, o que é notório nas próprias árvores.
Um exemplo é este dragoeiro bicentenário, considerado uma das árvores mais antigas do jardim!
Árvore do Presidente Manuel de Arriaga
Até mesmo as árvores mais novas, contam a sua história! Como a palmeira que Manuel de Arriaga, o primeiro presidente da república, plantou na beira de um dos muitos caminhos deste jardim, no ano de 1916.
Outro exemplo é a sequoia plantada aqui pelo prefeito de Nova Iorque em 1970.
Ligação com o Palácio de Belém/ Pinheiros de São Thomé
Este acesso faz a ligação do Jardim ao Palácio Nacional de Belém, uma herança dos tempos em que fazia parte das terras compradas por D. João V para estabelecer uma grande propriedade real.
Aqui, encontramos os raros exemplares de Pinheiros de São Thomé, que só existem em áreas remotas de seu país de origem e neste local!
Alameda das Palmeiras
Logo à frente, abre-se a deslumbrante Alameda das Palmeiras, uma marca singular do jardim!
Composta por palmeiras da espécie “washingtonia”, proveniente do continente americano, a alameda dispõe seus majestosos exemplares enfileirados ao longo do caminho.
Trata-se de uma referência ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro! E alguns estudos afirmam que pode ter sido criada por sua influência !
Jardim dos Cactos
Uma outra área intrigante é o Jardim dos Cactos, um cenário misterioso de grandes cactos, que se misturam com as árvores.
Esse raro fenômeno ocorreu devido ao crescimento das árvores tropicais sobre os cactos, fazendo com que apenas os resistentes à sombra se desenvolvessem.
Jardim Oriental
Separado do restante do jardim por uma floresta de bambus, encontramos o surpreendente Jardim Oriental!
O acesso é feito através da Porta da Lua, e ao cruzá-la, nos deparamos com um típico Pavilhão Chinês.
Todo o espaço é marcado por elementos que remetem à cultura chinesa, como as pontes, os hibiscos e o lago central com pedras, harmonicamente misturados às influências portuguesas, visíveis nos balaústres e gradeamentos.
No caminho, encontramos uma réplica do que teria sido a gruta de Camões em Macau, com o seu busto.
Ao final do percurso pelo Jardim Oriental, podemos ver ainda o Arco de Macau, preservado desde a Exposição do Mundo Português, que decorreu em 1940.
Palácio dos Condes da Calheta
O Palácio dos Condes da Calheta também se integra ao Jardim Botânico Tropical, enriquecendo ainda mais o espaço!
Edificado em meados do século XVII, o palácio se destaca por sua beleza e importância histórica.
Em 1758, foi usado como sala de interrogatório no processo dos Távora – relacionado às intrigas políticas em Portugal do século XVIII. Mais tarde, tornou-se o Real Arquivo Militar e acomodação para visitas reais durante o século XIX.
Na década de 30 sediou o museu agrícola e na década seguinte, serviu como Pavilhão da Caça e do Turismo, durante a Exposição do Mundo Português.
No Jardim Botânico Tropical, o cenário muda a cada passo, exibindo uma diversidade e riqueza que fazem deste um local único na cidade!
E terminamos por aqui nossa visita ao Jardim Botânico Tropical, um dos mais exuberantes e acolhedores jardins da capital, perfeito para os amantes da natureza!
Endereço | Largo dos Jerónimos 1400-209 Lisboa |
Contato | (+351) 213 921 808 [email protected] |