Seu carrinho está vazio no momento!
Localizado a 40 quilômetros de Lisboa, em mais um rico pedaço da história de Portugal, está o Palácio Nacional de Mafra. O Palácio é classificado como Monumento Nacional por sua importância histórica que vale a pena conhecer!
Tudo começou no início do século XVIII, quando o rei Dom João V fez uma promessa para que a rainha D. Maria Ana da Áustria o desse herdeiros. Assim, com o nascimento da princesa D. Maria Bárbara em 1711, foi cumprido o juramento.
A construção começou no dia 17 de novembro de 1717. A ideia era construir um pequeno e modesto convento para 13 frades franciscanos, mas com a fartura do ouro vindo do Brasil, a obra ganhou dimensões extraordinárias! Ao fim da construção, o mosteiro tinha capacidade para abrigar mais de 300 frades.
D. João e o seu arquiteto, Johann Ludwig, alteraram o projeto inicial para um plano mais ambicioso que deu início no ano de 1917.
Não foram poupadas despesas. O Palácio Nacional de Mafra é considerado hoje o mais importante monumento do Barroco em Portugal e símbolo do reinado do excêntrico D. João V. Toda a propriedade tem 4 hectares, 156 escadarias e mais de 4.500 janelas e portas. Ela está localizada na Tapada de Mafra, que ao todo tem 21 km e era utilizada para lazer.
O Palácio nunca foi usado como residência da família real portuguesa, servindo principalmente para a prática de caçadas.
A visita ao Palácio inclui também o Convento de Mafra, a Basílica e a famosa Biblioteca Nacional de Mafra. Abaixo, detalhamos cada um deles:
O PALÁCIO
O Palácio era uma requintada residência de verão e um dos destinos favoritos da realeza portuguesa. No andar de cima estão as suas salas mais luxuosas. Algumas das divisões mais importantes são a Sala Amarela, a Sala dos Destinos e a Sala do Trono.
Outras divisões do palácio são: torreão norte, galeria principal, sala das descobertas, sala da guarda, sala da bênção, sala dos camaristas, torreão sul, oratório sul, sala de D. Pedro V, sala de música, sala de jogos, sala da caça, sala de jantar, salão grande dos frades e cela fradesca.
Fato curioso é que os aposentos do rei estão no extremo oposto dos aposentos da rainha. Entre eles, um imenso corredor de 232 metros! Ele era usado para os cortesões passearem e exibirem as suas jóias e trajes e ainda para esperarem por audiências reais.
Antes da transferência da corte para o Brasil em 1807, foi no Palácio de Mafra que residiu brevemente D. João, príncipe regente do trono português, mais conhecido por D. João VI. Foi também onde também dormiu D. Manuel II, o último rei de Portugal, na noite antes da implantação da República portuguesa, no dia 5 de outubro de 1910.
Além de toda essa riqueza histórica, o Palácio de Mafra foi inspiração para um dos primeiros sucessos do Nobel da Literatura Portuguesa, o escritor José Saramago. O livro Memorial do Convento é uma dica de leitura imperdível.
BIBLIOTECA
E por falar em literatura, o maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca. Situada no segundo piso, na ala nascente do Convento de Mafra, a biblioteca é a estrela do palácio. É imprescindível visitá-la!
Apontada como uma das mais belas bibliotecas da Europa, ela foi desenhada por Johann Ludowig, sendo as estantes de autoria de Manuel Caetano de Sousa. É decorada em estilo rococó com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. Ela tem exatamente 88 metros de comprimento, 9,5 metros de largura e 13 metros de altura.
Conserva um valioso acervo, de aproximadamente 36 mil volumes, como a primeira edição do Alcorão, de 1543, e da Bíblia poliglota de 1514, além de cartas geográficas históricas e da segunda edição de Os Lusíadas, de Luís de Camões.
Uma curiosidade interessante é que nem todas as suas janelas podem ser abertas. Algumas delas são só espelhos para que o seu interior seja aquecido e não estrague os livros. Outro fato curioso é que os morcegos que lá habitam são mantidos para protegerem os livros da sua destruição. Numa noite só cada morcego come 500 insetos que equivale à metade do seu peso.
CONVENTO E BASÍLICA
O Convento de Mafra ocupa a parte de trás do edifício. Nele é possível descobrir uma vasta coleção de arte sacra e seu patrimônio religioso único no mundo.
Na parte central do prédio está a Basílica, consagrada no dia 22 de outubro 1730, aniversário de 41 anos do rei, e as festas duraram 8 dias.
Sua principal atração é o conjunto único de seis órgãos históricos encomendados pelo próprio rei. Seu repertório é exclusivo, ou seja, não pode ser tocado em nenhum outro lugar. Na basílica também se encontram os 2 carrilhões, ou seja, uma série de 119 sinos que afinados musicalmente entre si. Trata-se do maior conjunto sineiro do mundo!
Venha conhecer este destino magnífico de Portugal em nosso vídeo: