Panteão Real da Dinastia de Bragança – história e homenagem em um dos mais belos monumentos de Lisboa

Após visitarmos o Pantão Nacional, nosso destino é o Panteão Real da Dinastia de Bragança, situado no interior do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

É neste local que se encontram os restos mortais de monarcas, príncipes e infantes da quarta e última dinastia real portuguesa.

A história deste panteão teve início durante a soberania da Dinastia de Bragança no reino de Portugal e no império ultramarino português, iniciada pelo Rei D. João IV.

Foi ele quem decidiu implantar o panteão da dinastia aqui, no Mosteiro de São Vicente de Fora, um local construído por ordem de D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal. Uma forma simbólica de reforçar sua autoridade e a marca da nacionalidade.

Em 1668, a construção do mausoléu de D. João IV no local foi concretizada por D. Pedro II, dando início ao que viria a ser o Panteão Real da Dinastia de Bragança.

No ano de 1885, por iniciativa de D. Fernando II, o Panteão foi totalmente reformulado.

Os túmulos que estavam junto à capela-mor da igreja foram transferidos para o antigo refeitório do mosteiro, desocupado com o fim das ordens religiosas.

Após a implantação da República em 1910, o panteão foi encerrado e somente em 1932 voltou a ser aberto, após o falecimento de D. Manuel II, o último rei de Portugal.

O interior do Panteão Real

Este é o portal que nos dá acesso ao Panteão Real da Dinastia de Bragança!

No interior, encontram-se os túmulos de diversos monarcas, príncipes e infantes da quarta e última dinastia real portuguesa.

A configuração atual do Panteão é de autoria do conceituado arquiteto Raul Lino, que redesenhou todo o espaço, inaugurado em 1933.

Os túmulos que vemos aqui foram construídos em mármore, com os nomes gravados em letras douradas.

As representações das coroas reais da Dinastia de Bragança decoram o espaço e nos indicam de imediato quais são os túmulos dos monarcas.

Túmulo de D. João IV

Ao fundo da sala, o nicho aberto na parede guarda o exuberante túmulo original de D. João IV, fundador da Dinastia de Bragança, conhecido como “O Restaurador”.

Destacam-se também os túmulos de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, pais de D. Pedro IV, também conhecido como D. Pedro I, o Imperador do Brasil.  

D. Pedro IV, o D. Pedro I – Imperador do Brasil

Um fato curioso, é que o túmulo de D. Pedro IV está aqui, mas se encontra totalmente vazio!

Em 1972, o corpo de D. Pedro IV foi trasladado do Panteão para o Monumento do Ipiranga em São Paulo, no Brasil, e o seu coração, se encontra na capela-mor da Igreja da Lapa, na cidade do Porto.

Escultura A Dor 

Entre as sepulturas, uma figura se destaca: a escultura que representa “A Pátria chorando por seus mártires”.

Feita em pedra lioz de Sintra, a estátua aparece junto aos túmulos de D. Carlos I e de seu filho, o príncipe D. Luís Filipe de Bragança, como se lamentasse suas mortes prematuras no atentado republicano de 1908, conhecido como “Regicídio”.

Outros Túmulos

Neste panteão encontramos ainda os túmulos de D. Manuel II, o último rei de Portugal, e da Rainha D. Amélia de Orleães, conhecida como “Rainha no Trono na caridade e na dor”.

Capela dos Meninos de Palhavã

Também aqui no Mosteiro de São Vicente de Fora, próximo ao Panteão Real da Dinastia de Bragança podemos visitar a Capela dos Meninos de Palhavã.

Os “Meninos de Palhavã” eram filhos ilegítimos do rei D. João V, reconhecidos pelo soberano em documento publicado após a sua morte.

Por terem vivido e sido criados no Palácio de Palhavã em Lisboa, receberam esta denominação.

Nesta capela estão sepultados apenas dois deles: D. António e D. José.

No piso da capela, encontramos inscrições em latim sobre os quadrados de mármore.

As inscrições indicam que aqui estão enterrados os corações e vísceras de alguns membros da dinastia de Bragança, como D. João V, D. José I e D. João VI.

Conhecer o Panteão Real da Dinastia de Bragança e a Capela dos Meninos de Palhavã nos leva a desvendar a história da última e maior dinastia portuguesa. 

Figuras marcantes perpetuadas em um dos mais belos monumentos de Lisboa!

E terminamos por aqui a nossa visita ao Panteão Nacional. Obrigada por sua companhia! E espero por você em nosso próximo encontro!

Clique no botão abaixo e confira o vídeo do episódio de BeSisluxe Em Portugal sobre o Panteão Real da Dinastia de Bragança!