Neste artigo de BeSisluxe em Portugal – o programa que mostra a história e a cultura portuguesa através de um olhar diferente – Daniela Sisluxe convida você a visitar o Parque das Nações em Lisboa!
Quando falamos sobre Lisboa, temos como referência os edifícios cobertos por azulejos e os elétricos – os bondinhos amarelos – percorrendo bravamente as ladeiras em pedra.
Pois hoje, nós vamos visitar juntos uma área bem diferente e moderna de Lisboa, fruto de um projeto ousado para uma exposição internacional, que transformou toda a zona oriental da cidade!
Vamos conhecer juntos alguns dos pavilhões mais emblemáticos da Exposição que permanecem até aos dias de hoje em atividade, como é o caso do Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico, que hoje abriga a maior casa de shows de Portugal!
Em funcionamento desde 22 de maio de 1998, dia em que a Exposição abriu as portas, está o Teleférico do Parque das Nações, um passeio imperdível em Lisboa, e que faremos juntos neste episódio!
Ao final de nossa visita, conheceremos também outro pavilhão, onde funciona o Oceanário de Lisboa, uma das atrações mais visitadas da cidade!
Preparado para me acompanhar nesta visita?
EXPO’ 98
Antes de conhecermos o Parque das Nações, gostaria de contar um pouco de sua história.
“Parque das Nações” foi o nome dado ao bairro que surgiu no local onde se realizou a Exposição Internacional de Lisboa de 1998, mais conhecida por EXPO’98.
Fruto de um grandioso projeto de reabilitação urbana, o Parque das Nações tornou-se um símbolo da Lisboa moderna com parques verdes e várias obras de arte públicas.
Toda a zona oriental junto ao rio Tejo, uma antiga área industrial, foi revitalizada para sediar a Expo 98 – em comemoração aos 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.
“Os Oceanos, Um Patrimônio para o Futuro” – foi o tema escolhido para a exposição, não só pela sua ligação extrema a Portugal, mas também por se tratar de um assunto universal.
Criada para ser a última exposição mundial do século XX, foi visitada por cerca de 10 milhões de pessoas, no período de 132 dias.
Nos vários pavilhões temáticos, foram criadas atividades relacionadas com o Conhecimento dos Mares, o Equilíbrio do Planeta e até com os Oceanos, como fonte de inspiração e lazer!
É realmente impressionante imaginar que esta moderna estrutura do Parque das Nações foi toda construída na década de 90!
O Parque das Nações tornou-se uma das áreas mais turísticas de Lisboa, com avenidas largas, prédios altos e várias atrações contemporâneas.
Além dos enormes prédios e diversos pavilhões espalhados, em uma área de mais de 5 Km², o parque também tem uma vasta área verde, com jardins, bares e restaurantes, à beira do Rio Tejo… Um cenário incrível para um almoço em família ou um passeio com os amigos
GARE DO ORIENTE
Uma das formas mais simples, e bastante confortável de se chegar ao Parque das Nações é viajando de comboio, o trem de Portugal, até a Estação do Oriente.
Mais conhecida como Gare do Oriente, a estação se destaca pelos traços arrojados e elegantes.
Sua espetacular estrutura já anuncia que estamos no bairro mais moderno de Lisboa!
ALTICE ARENA, O ANTIGO PAVILHÃO ATLÂNTICO
Os prédios e instalações artísticas construídos para a Expo 98, foram reaproveitados e hoje acolhem museus, centros culturais e comerciais.
Entre as inúmeras construções, encontramos o antigo Pavilhão Atlântico, que atualmente conhecido como Altice Arena.
Ao ver a Altice Arena do lado de fora, não imaginamos que estamos diante da maior sala de espetáculos de Portugal!
A ideia de construir o Pavilhão Atlântico remonta às primeiras discussões sobre o Plano de Urbanização da EXPO’98.
Ao contrário de outras cidades europeias, Lisboa não possuía uma sala polivalente para acolher espetáculos, congressos e acontecimentos esportivos de grande porte.
Surgiu então a ideia de construir este espaço aqui! já que a localização podia não só servir à população da maior área metropolitana portuguesa, mas também ao país, dada a proximidade à Estação do Oriente, ao aeroporto e às rodovias.
Enquanto em outros grandes pavilhões da EXPO’98 a abordagem do tema “oceanos” foi pensada em uma perspectiva histórica, científica e artística, para este Pavilhão, foi usado o lado mais mágico, onírico e simbólico.
Assim, durante os 132 dias da exposição, o Pavilhão da Utopia – nome dado a este pavilhão durante o evento – foi um espaço aberto à imaginação! Refletindo os medos, mitos e lendas associados aos oceanos, ao longo de toda a História!
Arquitetura externa
O arquiteto português Regino Cruz, autor de diversos projetos no Brasil e em Portugal, foi o escolhido para desenhar o pavilhão, em parceria com uma empresa de arquitetura americana.
Ainda que a configuração da Altice Arena lembre uma nave espacial, a sua forma é também a de um caranguejo-ferradura, o que nos mostra, mais uma vez, a ligação aos Mares e Oceanos.
O Interior do Pavilhão
Um dos desafios do projeto foi pensar em uma estrutura que suportasse esta grande nave.
Assim, surgiu a ideia física e simbólica do travejamento em madeira, inspirado na estrutura de uma nau quinhentista.
Uma curiosidade contada pela casa é que esta estrutura tem madeira suficiente para construir uma ponte capaz de ligar Lisboa a Paris!
Além disso, este inovador projeto também foi pensado para garantir o máximo conforto com o mínimo gasto de energia, aproveitando a ventilação e a iluminação natural.
Estrutura para eventos
Versátil por natureza, este pavilhão está preparado para receber os mais variados tipos de eventos.
Composto por três áreas integradas, o recinto da Altice Arena dispõe de mais de 10000 m2 de área total. A sua maior sala tem capacidade para receber até 20.000 espectadores.
Além de concertos, a Altice Arena recebe eventos esportivos, feiras e congressos, conferências, e até eventos de lançamentos de produtos!
A Altice Arena é uma referência do entretenimento em Lisboa!
Por aqui já passaram grandes nomes da música nacional e internacional, dos mais variados estilos, que seguem escolhendo este palco para suas apresentações.
Esta arena foi projetada nos anos 90 para ser exatamente o que é hoje: a maior sala de espetáculos de Portugal! Onde os grandes acontecimentos ganham uma nova vida!
Além do Pavilhão da Altice Arena, outras estruturas construídas para a Expo 98 se mantêm: e o Teleférico do Parque das Nações é um exemplo disso!
TELEFÉRICO DO PARQUE DAS NAÇÕES
Vamos agora em um passeio de teleférico! Preparados?
O Teleférico do Parque das Nações, também conhecido como Teleférico da Expo, está em funcionamento desde a sua inauguração em 1998.
Operado pela Telecabine Lisboa, possui 40 cabines fechadas com capacidade para 8 passageiros.
A viagem no teleférico dura cerca de 10 minutos, percorrendo um trajeto de 1230 metros entre as estações Norte e Sul, pairando sobre o Rio Tejo a 30 metros de altura.
Um trajeto incrível, que pode ser percorrido em ambas as direções.
A paisagem vista daqui das cabines é linda!
Daqui, avistamos um maravilhoso panorama do Parque das Nações!
Apreciamos outras construções da Expo 98, como as torres S. Gabriel e S. Rafael, o Pavilhão da FIL- Feira Internacional de Lisboa, e o emblemático Pavilhão de Portugal e sua pala.
Outro fruto da Expo 98 que podemos observar daqui, é a ponte Vasco da Gama, considerada a maior ponte da Europa.
Uma das maravilhas do passeio é contemplar sua extensão, quase desaparecendo no horizonte…
Junto à paisagem da ponte, vemos também a Torre Vasco da Gama – o edifício mais alto de Portugal, onde atualmente funciona um hotel.
Por fim, avistamos a Doca dos Olivais, onde nos aproximamos do Oceanário de Lisboa, que iremos conhecer a seguir!
OCEANÁRIO DE LISBOA
Na estação sul, próxima do Passeio de Neptuno, encontramos o Oceanário!
Desde a Expo 98, este é um dos locais mais visitados da capital!
Uma atração imperdível e que não poderíamos deixar de visitar!
Motivados pelas ameaças ao oceano, os fundadores da Expo’98 planejaram construir um aquário. A ideia era manter viva a mensagem do evento – voltado para a preservação dos oceanos – e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta cultural e educacional do país.
O Oceanário de Lisboa foi então construído para a exposição mundial, como “Pavilhão dos Oceanos”.
Seu edifício foi instalado em um cais rodeado de água, eternizando assim a ligação de Lisboa ao oceano.
Atualmente, o Oceanário é um aquário público de referência local e internacional, que recebe cerca de 1 milhão de visitantes por ano!
Sua estrutura integra dois edifícios – o original Pavilhão dos Oceanos – e o novo edifício do Mar, construído em 2011.
Os dois edifícios estão conectados por um átrio, decorado com um grande painel alusivo ao tema marítimo, composto por 55 mil azulejos, que acompanha as rampas de acesso às exposições e à área educativa.
O Oceanário de Lisboa é o maior aquário de Portugal e o segundo maior da Europa! Aqui, podemos descobrir mais de 15 mil seres vivos de 500 espécies diferentes!
Com uma área total de 20 000 m2, o Oceanário tem cerca de 7 milhões de litros de água, divididos por mais de 30 aquários.
Aquário Central
Vamos conhecer agora a principal atração, uma recriação do Oceano Global!
Este grande aquário central é, na realidade, formado por 5 habitats distintos, separados por painéis de acrílico, estrategicamente colocados.
Juntos, criam a ilusão de que estamos perante um só aquário de mais de 5 milhões de litros de água salgada.
É impressionante ver de perto os tubarões, barracudas, raias e diversos peixes tropicais!
A ideia do aquário central é recriar o mar aberto, enquanto os aquários secundários recriam os oceanos: Atlântico Norte, Antártico, Pacífico temperado e Índico tropical.
Como as placas de acrílico são imperceptíveis, temos a sensação de que todas as criaturas marinhas convivem em perfeita harmonia.
Anfíbios e Invertebrados
A visita acontece em dois níveis: o subaquático e o terrestre.
Além dos peixes, é curioso ver de perto os anfíbios, alguns deles de espécies raras, e os seres marinhos invertebrados como as anêmonas, os ouriços e as estrelas do mar.
Entre estes animais invertebrados, alguns se destacam pela sua grandeza e raridade!
Um deles é o caranguejo-aranha, um raro exemplar de uma espécie ameaçada de extinção.
Os habitats marinhos estão estritamente ligados com várias espécies de aves que dependem dos peixes do oceano como principal alimento.
Aves como o pinguim-de-magalhães, o pinguim-saltador-da-rocha e o papagaio-do-mar vivem aqui em um ambiente semelhante ao seu habitat natural.
Outra atração imperdível é o espaço das lontras! Ninguém resiste à sua simpatia!
As lontras são os únicos mamíferos marinhos que encontramos no Oceanário, e representam o menor e o mais recente mamífero no oceano, onde vive há cerca de cinco milhões de anos.
“Florestas submersas” by Takashi Amano.
Entre as atrações do Oceanário, quero destacar as exposições temporárias, como as “Florestas submersas” de Takashi Amano.
Este é o maior aquário de estilo natural já criado no Mundo!
Com dezenas de espécies diferentes de peixes tropicais de água doce e de plantas aquáticas, este ambiente natural e artístico visa educar aqueles que visitam o Oceanário sobre a fragilidade dos ecossistemas tropicais.
ONE, o mar como nunca o sentiu
Em outra sala do Oceanário, está em exibição a inspiradora peça artística “ONE, o mar como nunca o sentiu”.
Através de uma maravilhosa série de fotografias e filmagens submarinas, a artista Maya de Almeida Araújo retrata a profunda conexão entre os seres humanos e o oceano.
Além de ser um excelente local de entretenimento, é importante lembrar que o Oceanário de Lisboa desenvolve um grande trabalho de conscientização e pesquisas marinhas, voltados para a preservação dos oceanos.
Os ecossistemas marinhos são uma das maiores riquezas de Portugal e, por isso, é fundamental assegurar, através do financiamento e apoio ao conhecimento científico, a sua integridade no presente e principalmente para o futuro!
Em todas as exposições do Oceanário, a ideia central é a mesma: nos mostrar que a conservação dos oceanos é uma responsabilidade de todos nós!
Nosso passeio pelo Parque das Nações termina por aqui!
Obrigada por sua companhia! E espero por você em nosso próximo encontro!
Clique no botão abaixo para assistir ao episódio de BeSisluxe Em Portugal neste passeio pelo Parque das Nações!
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