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Após visitar o Aqueduto das Águas Livres, vamos seguir em uma inusitada viagem pelo antigo sistema hidráulico de Lisboa, para conhecer o Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras, responsável pelo armazenamento da água e a Galeria do Loreto, umas das galerias que realizavam a sua distribuição.
Projetado em 1746, pelo arquiteto húngaro Carlos Mardel, o Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras foi construído para receber e distribuir as águas transportadas pelo Aqueduto das Águas Livres.
Concluído em 1834, sua construção é um marco na história da arte do século XVII e do espírito Barroco que o envolveu, conseguindo aliar a matéria, o Espírito e a Inteligência Portuguesa.
O Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras tem uma grandiosa estrutura e está inserido em uma área verde e agradável.
O local serviu inúmeras vezes como local de lazer à família real. Em outubro de 1862, foi, durante 3 dias, um dos palcos de festejos do casamento de D. Luís I e D. Maria Pia de Sabóia.
Atualmente, o Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras apresenta um espaço amplo e iluminado, sugerindo a planta de uma igreja estilo Salão, propondo a sacralidade do espaço.
Concebido para celebrar a entrada de água em Lisboa, o Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras foi construído com extraordinária beleza, com uma Arca d’Água de sete metros e meio de profundidade e uma grandiosa cascata centralizada ao fundo.
A água das nascentes flui sobre uma cascata, construída com pedras transportadas do Aqueduto das Águas Livres, e converge para a Arca d’Água com capacidade de 5.500 metros cúbicos.
No alto do Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras há um amplo terraço com uma ótima vista panorâmica sobre a cidade de Lisboa.
Parte do Aqueduto das Águas Livre e o Reservatório da Mãe d´Água estão conjugados ao Jardim das Amoreiras, contribuindo para sua beleza paisagística e monumentalidade.
Sob o Reservatório da Mãe d´Água das Amoreiras, está instalada a na Casa do Registro, onde eram controlados os caudais de água destinados às galerias do Loreto e da Esperança, para o abastecimento dos chafarizes, fábricas, conventos e casas nobres.
É neste local que se inicia um dos percursos visitáveis da Galeria do Loreto.
A Galeria do Loreto começou a ser construída em 1746, 9 anos antes do grande terremoto de Lisboa, e foi a primeira das 5 galerias a transportar a água do Aqueduto das Águas Livres à Lisboa do século XVIII.
Totalmente subterrânea, possui quase 3 quilômetros de extensão, iniciando na Casa do Registo, na Rua das Amoreiras, passando pelo Largo do Rato e terminando no Largo de São Carlos.
Ao longo do trajeto, é possível acompanhar a localização exata de onde estamos em relação às ruas e pontos turísticos da cidade, através de sinalizações e fotos, projetadas para dar a mesma visão do que está acima de nós no trajeto.
De grande importância histórica e artística, a construção dos chafarizes dinamizou a política, o urbanismo e a vida cotidiana da cidade.
E terminamos aqui nossa visita ao Reservatório da Mãe d´Água e à Galeria do Loreto, locais que nos mostram Lisboa e sua história sob uma perspectiva surpreendente!
Não deixe de conferir o vídeo de nossa visita ao local clicando no botão abaixo para ver os maravilhosos detalhes!
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